Um blogue de pequenas causas.
Este blogue é da responsabilidade de um lisboeta com frequência universitária (Biologia), ex‑jornalista actualmente trabalhando na área informática.
Isto e tudo o mais ou será óbvio, ou irrelevante. (Vd. manifesto.)
IBSN:
«Chamo já um táxi? Espero aqui? A carreira acaba onde? Quando sai o último? Qual destes dois horários é o actual?! Aaaahhhhhh!…»
(Este zarolho adverte: Andar de autocarro pode prejudicar a sua saúde mental e a integridade física do motorista!)
às 11:52, por Zarolho
Depois de ter prometido um inglês para cada escola primária, Sócrates (primeiro‑ministro de Portugal) virou‑se para um modelo finlandês. Sendo qualquer comparação do dia‑a‑dia nacional com o da Finlândia uma piada de mau gosto, julgo claro que afinal o modelo em causa não será certamente o socialista Urho Kekkonen mas talvez o modelar Touko Laaksonen…
às 11:02, por Zarolho
Pois é: Mais um momento de pornografia oculta, para estimular (o total de) visitas: Nesta foto, um homem das obras em cima da Ana. Ó-ó!
às 20:19, por Zarolho
Saúda-se o regresso em força d’A Lâmpada Mágica! Voltámos a ter quase diariamente humor, faits divers e comentário político — só falta voltar a literatura.
Etiquetas: blogagem
às 19:48, por Zarolho
O título de capa do Jornal de Letras 930 desta semana (essoutro zarolho em terra de cegos…), traz por aspas duas míseras plicas ad hoc (U+0027), sucedândeo indigno senão do mais básico escalão da tipografia.
às 13:44, por Zarolho
Esta foto, antiga e bem conhecida, foi muito usada na fase pós‑Bloco Central para transmitir uma ideia de continuidade entre Sá Carneiro, falecido mas ainda “vivo”, e o nóvel Cavaco Silva.
Penso que há uma leitura alternativa a ser feita, porém: Não está Cavaco a olhar em direcção diferente da que lhe aponta Sá Carneiro? Uma diferença de quase noventa graus, diria, e, notai, para a direita!…
às 13:52, por Zarolho
Faz‑se história na Bolívia, na Itália, na Sérvia — e, com menos agudeza, na China, no Iraque ou na Libéria. Mas Vitorino, na T.V., disserta sobre Carrilho.
(Posta n.º 100, feita sobre o acontecimento.)
às 21:32, por Zarolho
O sítio Lisboa Abandonada está abandonado.
(Quase todas as funcionalidades dinâmicas provocam erros de MySQL e o fórum está repleto de lixo.)
às 10:58, por Zarolho
Ao parar na estação de Moscavide, os comboios das linhas de Sintra e Azambuja anunciam aos seus passageiros que «esta estação tem ligação com … a Carris».
Tempos houve que tal não dizia, mas afinal Moscavide é Moscavide e se há nada menos que nove carreiras da Carris que lá passam (5, 8, 10, 19, 25, 28, 31, 44 e 82), mais vale anunciar a ligação e promover a intermodalidade.
O problema é que Moscavide, não sendo grande, não é assim tão pequeno — e da estação da C.P. à paragem da Carris mais próxima (8, 28 e 31) são 320 m, sempre em declive ascendente e passeios estreitos, subindo a Laureano de Oliveira até cruzar com a Avenida de Moscavide.
Mas valia dizer: «Senhores passageiros, esta estação não tem ligação com porra nenhuma e só interessará a quem não mora aqui quando os autocarros pararem à porta. Até lá, mais vale seguir de comboio até Lisboa-Oriente que lá param as mesmíssimas carreiras — mas bem perto da gare e à sombra.»
às 09:46, por Zarolho
Em 1985, num evento comemorativo do 21 de Março, Gonçalo Ribeiro Telles, rigoroso e pedagógico, surpreendeu‑nos dizendo que em Portugal não há florestas: Esclareceu‑nos acerca das palavras "mata" e "mato" no contexto da Ecologia do Mediterrâneo, e acerca das diferenças ecológicas entre estas e as verdadeiras florestas. Referiu‑se ainda aos eucaliptais e a alguns pinhais como estéreis «searas de árvores».
Lembro‑me sempre de tudo isto ao constatar a constância com que se usa neste contexto as palavras "floresta" e "florestal", com tons invariavelmente apologétigos — desde sobre alfarrobas a eucaliptos para abate. O que contrasta com o uso sincrético, constante e exclusivo do termo parcialmente adequado na carregadíssima expressão "limpeza de matas".
Etiquetas: Ambiente
às 17:03, por Zarolho
É por imperativos de investigação policial que já há um mês duas das três máquinas Caixa Automática da C.G.D. do Calhariz de Benfica, em Lisboa, se encontram vedadas ao público.
No passado fim‑de‑semana prolongado da Páscoa (2006.04.14‑16) foi vandalizado por desconhecido o átrio de acesso permanente da dependência da Caixa Geral de Depósitos situada junto ao Centro Comercial da Fonte Nova, em Benfica, Lisboa.
Na manhã de sábado estava este espaço acessível para entrada na dependência bancária, mas a parte do átrio onde se encontram uma actualizadora de cadernetas e duas máquinas Caixa Automática estava vedada com uma fita de plástico.
(Durante o fim‑de‑semana (por virtude do feriado de sexta os bancos fecharam às 12:00 no sábado 15 de Março) esteve o acesso ao átrio disponível por insersão de cartão ou caderneta C.G.D. na ranhura respectiva, mas mantinha‑se a barreira policial. Foi‑nos informado por funcionário da dependência que não seria possível desactivar a abertura da porta, por inútil que esta fosse em horário de fecho.)
Apresentavam ambas as máquinas marcas de vandalismo, estando estaladas as (poucas) secções não metálicas — ecrã, teclado e câmara — e riscadas com objecto cortante as restantes áreas expostas. Eram ainda visível manchas, gotas e rastos de sangue. Mesmo tratando‑se equipamento com muito uso e já bastante desgastado no seu exterior, eram patentes as marcas de vandalismo.
Sensivelmente uma semana depois, foi franquado o acesso à máquina Caixa Automática do lado direito — entratanto limpa e reparada —, mantendo‑se fora de serviço e vedadas ao uso a actualizadora de cadernetas e a máquina Caixa Automática do lado esquerdo, de marca Fujitsu, como documentam as fotos anexas.
Esta situação mantém‑se até hoje, não sendo possível obter mais esclarecimentos dos funcionários desta dependência bancária.
às 15:25, por Zarolho
Sem que ninguém o peça, alguns serviços de edição e publicação por computador fazem substituição automática de caracteres introduzidos pelo utilizador, tido por tonto, por outros, tidos por mais correctos, consultando tabela própria.
Tal é o caso do popular programa de redacção Microsoft Office Word, onde, por omissão, se substitui três pontos por reticências, plicas por apóstrofos, aspas direitas por curvas et c. — um “avanço” que só contrasta com o injustificável conservadorismo a nível dos próprios teclados (físicos e virtuais).
Naturalmente, os puristas que queiram incluir nos seus textos alguns dos caracteres assim proscritos têm supostamente conhecimentos técnicos para suspender esta funcionalidade e para introduzir caracteres que não constem do seu teclado.
Uma aborrecida excepção a esta salvaguarda é a web, por exemplo em caixas de comentários de blogues: No caso ilustrado (quase) não teria sido possível evitar que uma sisuda ocorrência do algarismo oito seguido de um sinal de fecho de parêntesis lamentavelmente se transformasse num emotícone esbugalhado e sorridente.
às 13:54, por Zarolho
O Observatório Astronómico da minha alma mater disponibiliza no seu sítio um serviço público de informação da hora legal portuguesa (uma das suas competências estatutárias), através de uma instância de navegador que exibe a hora legal com a exactidão ao segundo, actualizada em tempo real — se a taxa refrescamento, dependente da ligação do visitante, for superior a um segundo, verificar‑se‑ão “saltos”.
A Fundação para a Computação Científica Nacional, igualmente dependente da minha alma mater mas com um historial de serviço público de muito maior sucesso contabilístico, disponibiliza no seu sítio uma hiperligação ao supracitado serviço público, através da vinheta que se ilustra à esquerda.
Nesta rodam também as horas, os minutos e os segundos, sob o título que diz «Hora Legal em Portugal» mas, pasmai, de acordo com o relógio do computador visitante, não com o do Observatório! Assim, o visitante crédulo que tenha uns poucos (ou muitos) minutos de atraso ou de avanço no relógio do seu computador irá ficar mal informado, bem como os que se acertaram por outro fuso horário.
É uma amostra de serviço muito pouco inspiradora de rigor e competência.
às 13:31, por Zarolho
Respondendo a um repto recente, envolve‑se este blogue num esforço noticioso inusitado — experimental e sem compromisso.
No passado domingo, dia 7 de Maio de 2006, rebentou uma conduta provisória de abastecimento de água ao domicílio, em frente à porta do número 44 da Rua de Alcântara, em Lisboa.
Contactado via 800 201 600 pelas 13:40, hora local, o serviço de emergência da EPAL informou que o incidente já havia sido relatado e que um piquete se encontrava a caminho do local, facto que não pudémos confirmar.
A referida conduta, de calibre 10 em P.V.C. preto listrado de amarelo, está fixada exteriormente ao pavimento, numa instalação provisória motivada por obras de conservação da responsabilidade da EPAL.
A rotura causou a erecção de um jorro de água limpa de orientação vertical com cerca de 250 cm de altura, originando uma torrente que fluiu na valeta com algum extravasamento, sendo prontamente consumida a 100% na sarjeta jusante mais próxima. A presença de um estaleiro de obras no passeio contrário foi uma coincidência infeliz, obrigando os peões a transitar na faixa de rodagem, situação de risco minimizado graças ao escasso trânsito que se fazia sentir.
às 02:35, por Zarolho
O Olho e Meio promove um concurso de legendas para este par de imagens díspares mas conexas. Interessados queiram contribuir via caixa de comentários. O prémio, chorudo, serĂ¡ oportunamente anunciado.
às 09:28, por Zarolho
Nesta parede degladiam‑se preocupações e lealdades, interesses e obsessões, posições e contrapontos:
Escreveu‑se "88", valor para lá de oito e de oitenta (pois soma e não mediana), transposição ex‑críptica das iniciais "HH", diminutivo da saudação «Heil Hitler!», de aparente inspiração norte‑coreana.
Rasurou‑se e preferiu‑se "69", valor tomado por anti‑suástico ainda que igualmente roto‑simétrico, abreviatura tipográfica da actividade ambidextra do par abandonado aos atarefados prazeres do sexo oral recíproco e mútuo.
Esta posta vai trazer muitos visitantes enganados; alguns serão bem‑vindos. Em tempo acrescentarei mais ligações…
às 13:08, por Zarolho
Pergunta: A letra "N", ainda que sem simetria axial (cf. "И"≠"N") nem simetria rotacional aos 90° (cf. "Z"≠"N"), tem porém simetria rotacional aos 180°, certo?…
Resposta: Só se não tiver serifas.
às 11:32, por Zarolho
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