Este blogue é da responsabilidade de um lisboeta com frequência universitária (Biologia), ex‑jornalista actualmente trabalhando na área informática.
Isto e tudo o mais ou será óbvio, ou irrelevante. (Vd. manifesto.)
IBSN:
Como se diz aqui ao lado, já fui jornalista, e sou informático — ainda que não tenha tido preparação académica formal em nenhuma destas áreas.
Enquanto jornalista, fiz uso de
Colaborei como redactor e revisor em áreas especializadas numa publicação líder do seu segmento. O meu trabalho ao longo de seis anos grangeou, passe a imodéstia, a admiração o respeito de chefes e colegas.
(Momento auto‑biográfico: Deixei o jornalismo por motivos puramente mercenários, já que como informático ganho muito mais. Entretanto, os 30 000$00 que em 1995 pagavam o texto para um artigo de três páginas numa revista são os mesmos 150,00 € que pagam hoje texto e fotos para artigo de igual dimensão…)
Como informático, nem o sou, na verdade, embora por tal seja pago: Sei umas “coisitas” que vou aprendendo aqui e além, e aplicando assim e assado. Nada mais que não tenha feito desde 1984 (o primeiro computador que manuseei foi um telex a fazer de terminal de Time Sharing mark II) — mas agora “para fora” e pago por isso. Existem porém verdadeiros informáticos, especialistas que lidam com questões científicas que mal compreendo.
Em resumo: Considero que fui um bom jornalista (ainda que sujeito ao parodoxo da zarolhice) e que como informático sou «apenas um ovo», como dizia o Michael Valentine Smith.
Atente‑se, por epílogo, no seguinte: Há uns dois anos, ao inscrever‑me no I.E.F.P., foi‑me aceite sem quaisquer reservas ou necessidade de comprovação de habilitações a classificação profissional de informático, enquanto que aí a de jornalista é reservada em exclusivo para quem frequentou licenciatura em Jornalismo, mau‑grado a experiência documentada…
Claramente actua aqui um interesse corporativo por parte de quem sente necessidade de uma surda defensiva. Sente‑se isso a cada manifestação de desagrado pela incúria e mediocridade instaladas e cultivadas. Por vezes de forma evidente.
(Acrescento que, e.g., Carlos Fino, Joaquim Furtado ou Cesário Borga, por inevitável questão de idade, nunca foram estudantes de jornalismo. Será que esta é mais uma das coisas que, ao contrário da informática, não se aprendem com aulas?)
às 22:47, por Zarolho
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