Este blogue é da responsabilidade de um lisboeta com frequência universitária (Biologia), ex‑jornalista actualmente trabalhando na área informática.
Isto e tudo o mais ou será óbvio, ou irrelevante. (Vd. manifesto.)
IBSN:
Em 1985, num evento comemorativo do 21 de Março, Gonçalo Ribeiro Telles, rigoroso e pedagógico, surpreendeu‑nos dizendo que em Portugal não há florestas: Esclareceu‑nos acerca das palavras "mata" e "mato" no contexto da Ecologia do Mediterrâneo, e acerca das diferenças ecológicas entre estas e as verdadeiras florestas. Referiu‑se ainda aos eucaliptais e a alguns pinhais como estéreis «searas de árvores».
Lembro‑me sempre de tudo isto ao constatar a constância com que se usa neste contexto as palavras "floresta" e "florestal", com tons invariavelmente apologétigos — desde sobre alfarrobas a eucaliptos para abate. O que contrasta com o uso sincrético, constante e exclusivo do termo parcialmente adequado na carregadíssima expressão "limpeza de matas".
Etiquetas: Ambiente
às 17:03, por Zarolho
© Olho e Meio