Este blogue é da responsabilidade de um lisboeta com frequência universitária (Biologia), ex‑jornalista actualmente trabalhando na área informática.
Isto e tudo o mais ou será óbvio, ou irrelevante. (Vd. manifesto.)
IBSN:
(Não, esta posta não versa o inenarrável sátrapa da Madeira, apesar do título bem calhado. Quanto mais não seja porque qualquer coisa digna de se dizer sobre “esse” cairia na área das grandes causas… e para essas já há quem.)
É antes sobre Eduardo Prado Coelho, EPC. É mais honesto, culto e simpático que Alberto João Jardim, apesar de também ter três palavrinhas apenas no seu petit nom (há um outro figurão que até tem quatro, mas a esse também há quem lhe chegue…).
Num jornal já pouco fresco (Público 5530: 9, 2005.05.16), EPC junta-se aos defensores da ampliação do Jardim Botânico (da Escola Politécnica, em Lisboa) como solução para o problema do Parque Mayer. Estou de acordo. Mas…
Escreve EPC que, na sequência de uma abertura do Jardim Botânico “por baixo”, e da comunhão dos seus espaços e serviços com os teatros abandonados do Parque Mayer,
há que pensar na forma como se vai deslizar da contemplação para o divertimento e para outras forma »sic« de cultura.
Isto porque
um jardim é um jardim e tem como traço fundamental a calma, a contemplação, o espaço para as crianças.
Ó Eduardo! Mas não é o Campo Grande, nem o Jardim da Estrela! É o Jardim Botânico, do Museu de Ciência da Universidade de Lisboa! É a maior colecção de Cycadaceae da Europa (e que lindas são, mesmo o Moloch horridus!…), são as estufas, os herbários, os bancos de sementes! É a biblioteca e a centenária cantina da AEFCL, cenários de tantos “marranços”! Comtemplação, sim — especialmente agora, que florescem roxos os jacarandás, e amarelos os tipus. Mas também trabalho e aprendizagem — Ciência, enfim, que também é cultura!
Etiquetas: Ambiente
às 22:19, por Zarolho
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