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A 2005-07-14

# Castelos no ar

Há dias precisei de incluir o étimo de "Alcácer" num texto que compunha com o InDesign CS, ferramenta profissional de vasta fama.

Confirmei o termo arábico "ل قصر" ("ªl qªsr"), "o castelo", em Logos.IT, bem como a respectiva ortografia: um lame, seguido de espaço, e cafe, sade e ré. (Unicode: U+0644, U+0020, U+0642, U+0635 e U+0631.)

Cabe dizer que (tal como muito provavelmente se vê nesta página) qualquer web browser menos que arcaico sabe desenhar as diversas formas de uma letra arábica (isolada, medial, inicial ou final), bem como “compreende” que este alfabeto se escreve da direita para a esquerda.

Usando o BabelMap (programa gratuito, desenvolvido em horas vagas por um único autor), escolhi o tipo­‑de­‑letra arábico mais adequado ao usado no texto em redor, copiei, e colei no inDesign.

Aí tudo começou a correr mal. Ainda que se trate de um programa recente (v.3.0, de 2003.10), não é capaz de (usando Uniscribe, uma funcionalidade do Windows) representar dinamicamente as letras arábicas em contexto de ligação, ficando eu pois com quatro tristes glifos da forma isolada — uma apresentação tipográfica de primitividade comparável à de um telex de esfera à moda dos anos setenta, em que «minúsculas e acentos» eram (mais ou menos) impossíveis de transmitir.

Não me atrapalhei: Notando mais um motivo de desapontamento com esta ferramenta de 1 k€, recompus a palavra usando as letras de um dos blocos de “pré­‑compostas” (U+FE70 a U+FEFF): "ﻗﺼﺮ" — cafe inicial, sade medial, e ré final. Um desvio à pureza tipográfica, mas salvo pela correspondência canónica dos pré­‑compostos para as letras “verdadeiras”. (E afinal também costumo escrever, e.g., o "a" com til como um único caractere pré­‑composto, "ã" — U+00E3 —, e não em dois caracteres separados, "ã" — U+0061 U+0303…)

Mas nem assim: O inDesign CS, o tal que custa 1 k€ e goza de vasta fama, nem sequer consegue reagir à característica de bidireccionalidade de um dado caractere, tendo­‑me obrigado a compor a palavra, para visualização correcta, de frente para trás: ré, sade, e cafe.

Assim, quem procurar na nete por "قصر" nunca encontrará o meu documento (.pdf) — pior: os bytes que introduzi representam efectivamente a palavra "رصق" (rªsq), que poderá ser o pior insulto em arábico e certamente não é étimo do nome da bela vila sadina.

Para acabar, esta ferramenta tão chique e tão “pró” nem sequer sabe alinhar a linha de base nem a altura de "X" das letras arábicas com as das latinas, sendo necessários ajustes de posição e corpo. Em contraste, como dito (e visto!), com qualquer web browser menos que arcaico e com o simplíssimo BabelMap.

às 19:18, por Zarolho

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