Este blogue é da responsabilidade de um lisboeta com frequência universitária (Biologia), ex‑jornalista actualmente trabalhando na área informática.
Isto e tudo o mais ou será óbvio, ou irrelevante. (Vd. manifesto.)
IBSN:
Segundos antes de começar Terkel em Sarilhos entra um grupo adolescente e ocupa o restante de fila onde, até então, se sentava sozinho este zarolho. Dirigindo, segura e madura, bronzeada, ondulada, perfumada, sentou‑se contígua uma teen queen. O filme tem início, em dinamarquês:
«Ai, não posso! Eu não a‑cre‑di‑to!»
«Quê?»
«Isto está… em… em coiso!»
«“Atão”, lês as legendas. (Como sempre.)»
«Ai, não posso, faz‑me confusão.»
Mas permanece. O filme é animatrónica CGI na técnica e South Park no enredo e abordagem, com um distinct european flavour. Notamos que os dinamarqueses continuam a fazer histórias com criancinhas alienadas, incompreendidas, vitimizadas e aterrorizadas, mas desta vez já não o fazem como contos infantis…
Já perante o credit roll, a minha vizinha teen queen faz notar:
«Eles dizem imensas coisas em inglês…» (E tem razão: Mesmo descontando o que é semelhante ou mesmo idêntico nestas duas línguas relativamente próximas, muito do slang do liceais dinamarqueses retratados é decalcado dos Estados Unidos.)
«“Atão”, nós também!»
«Ai, sai lá! É, tipo, foleiro — misturar coisas em inglês com a língua deles.»
«Mas é como nós.»
«Que básicos, parece que não sabem a língua deles.»
às 12:21, por Zarolho
© Olho e Meio