Este blogue é da responsabilidade de um lisboeta com frequência universitária (Biologia), ex‑jornalista actualmente trabalhando na área informática.
Isto e tudo o mais ou será óbvio, ou irrelevante. (Vd. manifesto.)
IBSN:
Ao reler, narcisista inseguro, uma posta recente, apercebi‑me de grave erro meu:
O “caso” de Carlos e Joana, gerados por P.M.A. e agora namorados é dado como exemplo de uma das supostas inconveniências da lei — o facto de o dador ser anónimo.
Devo ter lido o original em diagonal demasiado obtusa, já que contra‑argumentei que a identidade registada do dador é irrelevante perante a possibilidade de testes genéticos aos eventuais filhos deste, testes esses bem mais fiáveis que quaisquer registos perecíveis e falsificáveis.
Mas uma leitura minimamente atenta revela porém que os opositores da lei que assinam este panfleto estão ao corrente desta possiblidade de despiste de eventual consaguinidade e acautelam‑na no texto:
têm medo de fazer o teste não vá serem irmãos!
Releio incrédulo. Querem casar, têm medo de ser irmãos (mais exactamente meios‑irmãos), e por isso não fazem o teste?! Que prova de maturidade!! Se têm assim tanto medo, certamente também não iriam pedir às mãezinhas que fossem remexer nos papeis à procura do não‑anónimo mas certamente desconhecido dador de esperma. Ou supõe‑se que, sem anonimidade, a figura do dador seria tema corrente no lar de família composta por pai (incapaz ou incompatível), mãe, e filho(s) de dador não‑anónimo?!
Que argumento absurdo! E zarolho fui eu ao não ver isto mais cedo e perder assim tempo com o que não merece!
às 14:36, por Zarolho
© Olho e Meio